Estando muito próximo do Dia
das Crianças, é possível observar o burburinho do comércio e da mídia na
oferta das melhores possibilidades de se atender aos seus pedidos e,
supostamente, torná-las mais felizes.
Fiquei pensando sobre as reais necessidades de nossas
crianças e os motivos que realmente as tornam felizes, contribuindo para uma
infância e um desenvolvimento saudáveis.
Ken Robinson, especialista em criatividade na educação, faz
uma análise bem humorada da atual conjuntura educacional, trazendo as imagens
do modelo de linha de produção – fortemente presentes na escola – e os
mecanismos que restringem a criatividade dos alunos. Nesse contexto, considera falsa a epidemia de TDAH
(Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) observada, e destaca os
efeitos destruidores da medicalização nas crianças: “Um anestésico apaga os sentidos e muitos desses remédios
fazem isso... Você se apaga do que está acontecendo. Estamos educando nossas
crianças enquanto anestesiadas, enquanto deveríamos estar acordando-as para o
que está dentro delas.”
Só se pode concluir que criança feliz é criança que pode
explorar sua criatividade. Nesse sentindo, satisfazer os desejos infantis é o
oposto de anestesiar seus sentidos, já que suas necessidades de atenção e afeto
não podem ser substituídas por presentes... Nem remédios...
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