segunda-feira, 14 de maio de 2012

Afeto: Quem dá mais?


Em tempos em que afeto, ou melhor, falta de afeto se torna manchete de jornal, podendo até custar uma indenização de centenas de milhares de reais, e que o Dia das Mães, comemorado ontem, gera o segundo maior lucro anual do comércio nacional, quero discutir um pouco, ou ao menos trazer à discussão, algumas reflexões. 

Que imagens são essas socialmente atribuídas à mãe e ao pai? Quanto custa a falta de afeto familiar? 

Fortemente presente no imaginário coletivo, a ideia de se associar a figura da mãe a uma “santidade” inabalável, da qual se toma posse eterna no ato do parto, deveria ser tratada com, no mínimo, mais prudência. Afeto maternal nem sempre vem da mãe, tanto quanto, a disciplina e a rigidez, socialmente associadas ao paternal, nem sempre são atos do pai. Como disse Danuza Leão, em sua coluna jornalística de ontem “Ninguém dá o que não tem”.

Não pretendo desmotivar a discussão, hoje alargada pelo ato do STJ, ao contrário, penso que a polêmica agora ganha mais combustível para a derrubada de velhos e ultrapassados modelos em busca de uma visão de afeto familiar que seja mais condizente com a realidade.

Para ilustrar, quero compartilhar o vídeo que (re) assisti na última semana ao lado de minha filha, numa atividade escolar oferecida às mães, e com ele homenagear os pais e as mães, que independentemente de qualquer conduta social que lhes é atribuída, oferecem a seus filhos o "porto seguro, o aconchego, o abraço apertado, o conforto nas horas difíceis"*.





*trecho extraído do texto Mães Desnecessárias, A.D.

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