Gosto muito da abordagem educacional de Rosely Sayão*, em especial de sua forma ousada de não se utilizar de luvas de pelica para tratar das responsabilidades dos adultos em relação às crianças e adolescentes.
No artigo "Adolescência até quando", ela aborda a questão da incoerência de alguns comportamentos, considerados adolescentes, em pessoas mais velhas:
[...] características antes creditadas apenas a adolescentes
passaram a fazer parte da vida adulta também.
A impulsividade, o imediatismo, a busca do prazer
e da liberdade e o comportamento de risco, por exemplo,
passaram a ser fatos corriqueiros na vida dos mais velhos.
Numa época em que as redes sociais explodem em rasas homenagens ao Dia das Crianças, insisto em provocar reflexões sobre qual é o papel do adulto na relação com elas.
Enquanto pais viverem numa eterna adolescência, seus filhos estarão à mercê do acaso. É preciso, em primeiríssimo lugar, que o adulto reconheça-se como tal nessa relação que é, por princípio, entre pais (adultos) e filhos (crianças ou adolescentes).
*Rosely Sayão é psicóloga e consultora em educação, fala sobre as principais dificuldades vividas pela família e pela escola no ato de educar e dialoga sobre o dia-a-dia dessa relação.
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